sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia da Terra


O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacionalcontra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.
Sabe-se que a Terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos e existem várias teorias para o “nascimento” do planeta. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, tendo a Lua como seu único satélite natural. A Terra tem 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água (1,59 bilhões de km3). A quantidade de água salgada é 30 vezes a de água doce, e 50% da água doce do planeta está situada no subsolo.
A atmosfera terrestre vai até cerca de 1.000 km de altura, sendo composta basicamente de nitrogênio, oxigênio, argônio e outros gases.
Há 400 milhões de anos a Pangéia reunia todas as terras num único continente. Com o movimento lento das placas tectônicas (blocos em que a crosta terrestre está dividida), 225 milhões de anos atrás a Pangéia partiu-se no sentido leste-oeste, formando a Laurásia ao norte e Godwana ao sul e somente há 60 milhões de anos a Terra assumiu a conformação e posição atual dos continentes.
O relevo da Terra é influenciado pela ação de vários agentes (vulcanismo), abalos sísmicos, ventos, chuvas, marés, ação do homem) que são responsáveis pela sua formação, desgaste e modelagem. O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal/ China com aproximadamente 8.848 metros acima do nível do mar. A Terra já passou por pelo menos 3 grandes períodos glaciais e outros pequenos.A reconstituição da vida na Terra foi conseguida através de fósseis, os mais antigos que conhecemos datam de 3,5 bilhões de anos e constituem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples. As primeiras etapas da evolução da vida ocorreram em uma atmosfera anaeróbia (sem oxigênio).As teorias da origem da vida na Terra, são muitas, mas algumas evidências não podem ser esquecidas. As moléculas primitivas, encontradas na atmosfera, compõe aproximadamente 98% da matéria encontrada nos organismos de hoje. O gás oxigênio só foi formado depois que os organismos fotossintetizantes começaram suas atividades. As moléculas primitivas se agregam para formar moléculas mais complexas.A evidência disso é que as mitocôndrias celulares possuam DNA próprio. Cada estrutura era capaz de se satisfazer suas necessidades energéticas, utilizando compostos disponíveis. Com este aumento de complexidade, elas adquiriram capacidade de crescer, de se reproduzir e de passar suas características para as gerações subseqüentes.A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões de pessoas e a expectativa de vida é em média de 65 anos.
Para mantermos o equlíbrio do planeta é preciso consciência dessa importância, a começar pelas crianças. Não se pode acabar com os recursos naturais, essenciais para a vida humana, pois não haverá como repô-los. O pensamento deve ser global, mas a ação local, como é tratado na Agenda 21.
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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Esta notícia é velha, mas.......

Audiência debaterá denúncias sobre tráfico de água doce Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional vai realizar uma audiência pública para debater as denúncias de tráfico de água doce da Amazônia. A audiência aprovada nesta quarta-feira (14) ainda não tem data marcada, mas deverão participar representantes da Agência Nacional de Águas, da Polícia Federal e dos ministérios da Defesa e do Meio Ambiente.Os autores do requerimento que sugeriu a reunião, deputados Lupércio Ramos (PMDB-AM) e Francisco Praciano (PT-AM), relatam denúncias de que navios-tanque estariam enchendo os porões com água em rios da Amazônia para engarrafamento na Europa, Oriente Médio e até na China. “Precisamos esclarecer as denúncias, já que até hoje nenhuma autoridade do governo federal desmentiu essas notícias, veiculadas em sites e revistas especializadas”, disse Lupércio Ramos. Ele informou que o crime já foi batizado de “hidropirataria”.Lupércio Ramos ressaltou que o fator econômico é a principal vantagem do tráfico de água doce, pois o tratamento do metro cúbico ficaria em cerca de R$ 1,40, enquanto que a despesa com a dessalinização das águas oceânicas supera R$ 2,60. Estima-se que cada embarcação seja abastecida com 250 milhões de litros de água. “Além disso, em muitos países são cobradas altas taxas pelo uso de águas de superfície, de aquíferos e de rios, notadamente na Europa”, concluiu.

DIA 22 DE ABRIL - DIA DO PLANETA TERRA







O GEAN - Grupo Ecológico Amantes da Natureza, neste dia tão especial para refletirmos sobre o nosso Planeta Terra, convida a todos para fazerem a seguinte comparação:



Homem......Plantas......Animais.......Conversando com uma amiga na esquina de casa concluimos que o ser menos evoluido entre todos esses é o homem.



As plantas....árvores por exemplo, nascem sem encomodar ninguém, não gritam, não precisa de médico, apenas os elementos da natureza que a rodeiam, dá tudo......folhas, alimento, galhos, abrigo, madeira, purificam o ar, flores maravilhosas, frutos os mais gostosos, estão sempre com aspecto de alegria e felicidade, isto enquanto o homem não resolve cortar-lhes um galho, deixando horríveis ferimentos. Em se falando de animais nem dá para enumerar os enormes e ótimos benefícios que nos trazem e por incrível que pareça, o homem mata-os para comer, ou mesmo às vezes só maltratá-os, abandonando-os na rua ou prendendo-os em gaiolas, quando na verdade se deixarmos no seu habitat, não fazem mal para ninguém.



E agora em se falando do homem que acham!!!!!



Levantam quase sempre de mau humor, nunca estão satisfeitos com o que estão realizando ou com que tem no momento, sempre querem mais. Fazem durante o dia uma quantidade incrível de lixo ou coisas inúteis que depois não sabem onde vão colocar e para variar jogam no meio da rua, sem pensar nas consequências.....e como disse minha amiga ainda tem a petulância de dizer que foram feitos à semelhança de DEUS. Incrível! não é mesmo? Vamos repensar nossas ações!neste dia tão especial do Planeta Terra.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Dia 19 de abril











Neste dia o GEAN -Grupo Ecológico Amantes da Natureza apresentou na Câmara Municipal de Vereadores o Projeto AMIGOS DO ARROIO GRANDE", com seus objetivos e atividades já realizadas além de muitas fotos, de modo a salientar a situação do arroio Grande desde a sua nascente até sua foz, com a proposta de organizar todo o conteúdo em um documento que poderá servir de informação ou estudo nas escolas do município. Na oportunidade solicitamos o apoio da Câmara de Vereadores para a organização deste trabalho. Entregamos ao Sr. Oscar Schuster, presidente da casa, uma muda de angico para plantar no dia 22, Dia da Terra quando teremos uma caminhada e várias atividades próximo à Ponte Carlos Barbosa. Doamos para cada vereador um postal do município.

Frase do Dia

"Se eu soubesse que o mundo acabaria amanhã, ainda hoje eu plantaria uma árvore"(Marthin Luther King)

sábado, 17 de abril de 2010

Dia da Terra-Mensagem GEAN


DIA 22 DE ABRIL DIA DA TERRA

GEAN convida todos os internautas para conscientemente cuidarem, respeitarem, preservarem e amarem de coração este Planeta, nossa Mãe Terra.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Trangênicos

O que são os transgênicos?
Os organismos geneticamente modificados (OGMs), ou transgênicos, são aqueles que tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo, inseridos em seu código genético. O processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta característica.
Pode-se, com essa tecnologia, inserir genes de porcos em seres humanos, de vírus ou bactérias em milho e assim por diante. Quase todos os países da Europa têm rejeitado os produtos transgênicos. Devido à pressão de grupos ambientalistas e da população, os governos europeus proibiram sua comercialização e seu cultivo (quase 80% dos europeus não querem consumir transgênicos).As sementes transgênicas são patenteadas pelas empresas que as desenvolveram. Quando o agricultor compra essas sementes, ele assina um contrato que o proíbe de replantá-las no ano seguinte (prática de guardar sementes, tradicional da agricultura), comercializá-las, trocá-las ou passá-las adiante.Os EUA, o Brasil e a Argentina concentram 80% da produção mundial de soja, na sua maioria exportada para a Europa e para o Japão. Estes mercados consumidores têm visto no Brasil a única opção para a compra de grãos não transgênicos.São enormes as pressões que vêm sendo feitas sobre o governo brasileiro pelo lobby das indústrias e dos governos americano e argentino e sobre os agricultores brasileiros, através de intensa propaganda da indústria, para que os transgênicos sejam liberados e cultivados.Ainda não existem normas apropriadas para avaliar os efeitos dos transgênicos na saúde do consumidor e no meio ambiente e há sérios indícios de que eles sejam prejudiciais. Os próprios médicos e cientistas ainda têm muitas dúvidas e divergências quanto aos riscos dessas espécies. Não existe um só estudo, no mundo inteiro, que prove que eles sejam seguros.Os produtos contendo transgênicos que estão nas prateleiras de alguns supermercados não são rotulados para que o consumidor possa exercer o seu direito de escolha.
A Campanha "Por um Brasil Livre de Transgênicos"
Os transgênicos ainda estão proibidos no Brasil e o tema ganha dimensão nacional e interesse popular graças às ações das ONGs.
A Campanha Por Um Brasil Livre de Transgênicos foi criada por um grupo de organizações não governamentais (ONGs) preocupadas com as conseqüências que o uso dos transgênicos pode trazer para nossa saúde, para o meio-ambiente e para a economia do País.Queremos que antes que se tome uma decisão sobre o cultivo, a comercialização e o consumo de transgênicos no Brasil, sejam feitas pesquisas por instituições científicas de comprovada competência e independência, que assegurem que os transgênicos não são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, queremos que sejam realizadas pesquisas e que haja incentivos para desenvolver a agroecologia - uma agricultura que respeite o meio ambiente e leve em consideração as condições sociais do setor.Sua ação é orientada por uma coordenação nacional, formada pelas seguintes instituições: ACTION AID - AS-PTA - ESPLAR - GREENPEACE - IDEC - INESC - FASE Nacional.

sábado, 10 de abril de 2010

Poema de Cecília Meireles para o dia de hoje

MEU SONHO
Parei as águas do meu sonho para teu rosto se mirar.

Mas só a sombra dos meus olhos ficou por cima, a procurar...

Os pássaros da madrugada não têm coragem de cantar,

vendo o meu sonho interminável e a esperança do meu olhar.

Procurei-te em vão pela terra, perto do céu, por sobre o mar.

Se não chegas nem pelo sonho,por que insisto em te imaginar?

Quando vierem fechar meus olhos,talvez não se deixem fechar.

Talvez pensem que o tempo volta, e que vens, se o tempo voltar.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Revolução Verde

Revolução Verde é insustentável



Carlos Gabaglia Penna
'A Revolução Verde é insustentável';
Desde o final da 2ª Guerra Mundial, o incremento da produção de alimentos do planeta superou o extraordinário aumento da própria população humana. De fato, entre 1961 e 2005, por exemplo, a população global cresceu 111%. No entanto, no mesmo período, a produção de cereais (grãos) – a base da alimentação global - subiu 154%, a produção total de carne 280%, a de peixes, crustáceos e moluscos capturados nos mares e criados em cativeiro 227% (FAO).Todo essa elevação espantosa da oferta de comida deve-se à Revolução Verde, que tem como fundamento o uso de sementes de alto rendimento, fertilizantes, pesticidas, irrigação e mecanização. A verdade é que a fome renitente que assola o planeta é função da falta de recursos para comprar comida, ou seja, da enorme injustiça social vigente, não da falta de alimentos (no período 1969-1971 a população global subnutrida representava 29% do total. Em 2005, esse percentual havia caído para 14%, segundo a FAO).Em que pese todos esses índices animadores, diversos fatos comprovam que a Revolução Verde é insustentável em longo prazo. Erosão e compactação do solo, poluição do ar e do solo, redução dos recursos hídricos (a agricultura é responsável por 70% do consumo humano de água), perda de matéria orgânica do solo, inundação e salinização de terras irrigadas, exploração excessiva dos recursos pesqueiros e poluição dos mares têm contribuído para a desaceleração da taxa de crescimento da produção alimentar.É verdade que se pode ainda melhorar bastante a produtividade agrícola dos países em desenvolvimento - a solução mais promissora - e, em países como o Brasil, ampliar as fronteiras agrícolas (o que provoca inevitavelmente a destruição dos ecossistemas invadidos). Mas, mesmo os observadores mais otimistas reconhecem que o aumento da produção de alimentos está gradualmente se reduzindo, tendendo assim a ficar abaixo do aumento populacional.Nos últimos 20 anos, aproximadamente, o índice de crescimento da produção anual de grãos ora é maior, ora é bem menor do que o do crescimento populacional. Entre 1985 e 2005, a produção de cereais cresceu 22,5%, enquanto que a expansão demográfica foi de 34,2%. Outros alimentos vegetais, como sementes, raízes e tubérculos, conheceram igualmente aumento inferior ao da população.Nesse intervalo de tempo (1985-2005), a única taxa de aumento de produção alimentar que superou a taxa demográfica foi a de carne (de todos os tipos). Contudo, a pecuária é totalmente dependente da produção agrícola, notadamente a de grãos. Inevitavelmente a oferta de carne cairá quando a produção de cereais sofrer retração.A produtividade agrícola, que progrediu muitíssimo nas últimas décadas, não continuará a crescer indefinidamente. Entre outras razões, é obviamente limitada a quantidade de fertilizantes que as atuais variedades agrícolas podem assimilar. Estes e a disponibilidade de água para irrigação são as duas principais causas da explosão alimentar no pós-guerra. A água também é obviamente limitada. A irrigação está causando, no mundo inteiro, o rebaixamento, ou mesmo a secagem, de rios e aquíferos. Em diversos lugares, comunidades disputam, crescentemente, a água com fazendeiros.As duas causas citadas não são as únicas. As melhores terras do planeta já foram ou estão sendo exploradas. A ampliação de terras destinadas ao plantio encontra, cada vez mais, obstáculos, desde cidades, barragens, estradas e unidades de conservação até a oposição de comunidades que rejeitam os danos decorrentes de grandes áreas de monocultura. Sem falar nos custos crescentes dessas terras.Outra dificuldade para a contínua expansão é a aplicação crescente de pesticidas. No Brasil, o uso de pesticidas subiu de 0,3 kg por hectare (ha), em 1991, para 1,2 kg/ha dez anos depois, um aumento de quatro vezes. Na Argentina, em apenas cinco anos (1993-1998), a aplicação desses produtos químicos partiu de 0,9 kg/ha para 1,9 kg/ha (nos Estados Unidos, em 1997, usava-se 2,3 kg/ha).Apesar da utilização crescente de agrotóxicos, o mundo vem conhecendo um aumento também expressivo de pragas agrícolas. No início do século XX, as pragas resistentes não chegavam a cinco, mas a partir dos anos 1950, elas conheceram um aumento acelerado, coincidindo com o uso generalizado desses defensivos. Em 1980, mais de 400 artrópodes (principalmente insetos) já tinham desenvolvido resistências à maioria dos produtos químicos, somados a mais de uma centena de organismos patogênicos de plantas. Além disso, um certo número de espécies de ervas daninhas tornou-se resistentes aos herbicidas.Embora o uso de pesticidas tenha aumentado exponencialmente, mais de 30 vezes entre 1950 e o final dos anos 1980, um número crescente de ervas daninhas, insetos e doenças desenvolveram resistência a esses produtos. Em 1950, o total de pragas agrícolas era inferior a 100 e atualmente é superior a 700.Os impactos de pesticidas já são bastante conhecidos. Eles liberam poluentes orgânicos persistentes (POPs), substâncias extremamente tóxicas que se espalham pelo meio ambiente e se acumulam nos tecidos orgânicos de peixes, aves e mamíferos, com sérios danos ao meio ambiente e à saúde humana (as primeiras vítimas são os que aplicam os pesticidas, principalmente nos países em desenvolvimento). Os POPs são “destruidores endócrinos”, prejudicando o sistema hormonal de seres humanos e de outros animais. Provocam também cânceres e danos ao sistema nervoso (neurotoxinas).Os fertilizantes promoveram um acréscimo fantástico à produtividade agrícola. A colheita de milho nos EUA, por exemplo, tem atualmente uma produtividade cerca de quatro vezes maior do que a dos anos 1930. Entre 1961 e 2005, a quantidade de cereais colhida por hectare aumentou 141% (média mundial). No entanto, os fertilizantes químicos não absorvidos pelas plantas contaminam a água potável, provocam danos aos pesqueiros litorâneos devido às marés 'vermelhas' de algas, eutrofizam lagos e contribuem para a formação do poluente ozônio troposférico, com efeitos nocivos à agricultura e às florestas.A par dessas consequências, os fertilizantes são os maiores produtores de óxido nitroso (N2O), um dos cinco gases do efeito estufa que mais contribuem para o aquecimento global.Torna-se cada vez mais evidente que a Revolução Verde é insustentável. Ela polui o ambiente natural, com consequências graves à saúde humana e ambiental, degrada ecossistemas nativos, tende a esgotar os recursos hídricos e, do ponto de vista energético, apresenta um saldo negativo. Devido ao uso intenso de combustíveis fósseis em todas as etapas do seu processo, a agricultura em escala industrial utiliza, atualmente, de sete a dez calorias dessas fontes de energia para fornecer uma caloria de alimento. Será inevitável rever - mais dia, menos dia – esse sistema de produção. O crescimento vertiginoso da agricultura orgânica aponta um dos caminhos. Alimentar a população humana de forma equilibrada não necessita de aumento contínuo da produção (uma impossibilidade física), mas sim de melhor distribuição global de riquezas e de um freio à expansão no consumo de carne em geral. Mundialmente, cerca de 40% dos grãos colhidos alimentam diretamente a pecuária (quase 80% da soja), o que significa uma grande perda de energia alimentícia.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Conhecendo a Moringa

Moringa oleifera
UM PURIFICADOR NATURAL DE ÁGUA E COMPLEMENTOALIMENTAR PARA O NORDESTE DO BRASILPor: Maria Salete RangelAlém de conter alto teorde vitamina A e C, cálcio,ferro e fósforo, a plantapode ser usada comopurificador da água.A Moringa oleifera pertence à família Moringaceae, que é composta apenas de um gênero (Moringa) e quatorze espécies conhecidas. Nativa do Norte da Índia, cresce atualmente em vários países dos trópicos. É um arbusto ou árvore de pequeno porte, de crescimento rápido, que alcança 12m. de altura. Possui uma copa aberta, em forma de sombrinha e usualmente um único tronco . As flores que emergem em panículas, são de cor creme, perfumadas, muito procuradas pelas abelhas. A planta é conhecida por vários nomes comuns, de acordo com os diferentes usos. Para alguns, é conhecida como 'baqueta' em razão da forma dos seus frutos que representam um alimento básico na Índia e na África. Em algumas partes do oeste da África, é conhecida como "a melhor amiga da mãe" como uma indicação de que a população local conhece muito bem todo o seu valor. A planta produz uma diversidade de produtos valiosos dos quais as comunidades locais fazem uso por centenas, talvez milhares de anos.Os frutos verdes, folhas, flores e sementes torradas são altamente nutritivos e consumidos em muitas partes do mundo. O óleo obtido das sementes da Moringa pode ser usado no preparo de alimentos, na fabricação de sabonetes, cosméticos e como combustível para lamparinas. A pasta resultante da extração do óleo das sementes pode ser usada como um condicionador do solo, fertilizante ou ainda na alimentação animal. Na Índia, todas as partes da planta são usadas na medicina natural, porém, a química e a farmacologia das diferentes partes da planta são ainda pouco conhecidas. Em virtude da falta de dados científicos referentes às propriedades medicinais da planta nenhuma recomendação de uso pode ser feita neste sentido. A Moringa pode ser facilmente propagada por sementes ou por estacas. As sementes podem ser plantadas diretamente no local definitivo ou em sementeiras. Não há necessidade de nenhum tratamento prévio. A planta requer poucos tratos culturais e cresce rapidamente até uma altura de 4m. no primeiro ano. Em condições favoráveis, uma única planta pode produzir de 50 a 70 kg de frutos/ano. É uma das plantas mais úteis para a as regiões semi-áridas. Na Índia e na África, a Moringa é encontrada crescendo em áreas próximas à cozinha e em quintais, onde as folhas são colhidas diariamente para uso em sopas, molhos e saladas. Possuem um alto conteúdo de proteína (27%) e são ricas em vitamina A e C, cálcio, ferro e fósforo. Nas regiões secas, o cultivo da Moringa é vantajoso uma vez que suas folhas podem ser colhidas quando nenhum outro vegetal fresco está disponível. As flores, só devem ser consumidas cozidas, fritas na manteiga ou misturadas a outros alimentos. Os frutos verdes são também muito nutritivos, contendo todos os aminoácidos e são preparados de forma similar às ervilhas verdes, possuindo um sabor próximo ao dos aspargos.A análise bromatológica das sementes de Moringa, realizada no Laboratório de Nutrição Animal da Embrapa Tabuleiros Costeiros, mostrou teores de 26% de óleo, 27% de proteína e 44% de digestibilidade. Para o resíduo das sementes após a extração do óleo, o teor de proteína subiu para 34% e a digestibilidade para 56%. Estes resultados são bem promissores quando se visa o uso do resíduo das sementes na nutrição animal.
PURIFICADOR NATURALEm alguns países em desenvolvimento, a água dos rios utilizada para consumo humano e uso doméstico em geral, pode ser altamente túrbida, particularmente na estação chuvosa, contendo material sólido em suspensão, bactérias e outros microrganismos. A cada ano, milhões de crianças poderão morrer nesses países, vítimas de infeções causadas por água impura. É necessário que se remova a maior quantidade possível desses materiais antes de usá-la para consumo. Normalmente isso é obtido pela adição de coagulantes químicos, dentro de uma seqüência de tratamento controlado. Coagulantes químicos, tais como o sulfato de alumínio, às vezes não estão disponíveis a um preço razoável para as populações dos países em desenvolvimento. Uma alternativa é o uso de coagulantes naturais, geralmente de origem vegetal, para promover a coagulação de tais partículas.As descobertas recentes do uso de sementes trituradas de M. oleifera para a purificação de água, a um custo de apenas uma fração do tratamento químico convencional, constitui uma alternativa da mais alta importância. Em relação à remoção de bactérias, reduções na ordem de 90-99% têm sido relatadas na literatura. Deve ser observado, porém, que o uso do tratamento com sementes, assim como o de outros coagulantes naturais e químicos, não produz água purificada. O risco de infecção pode ser altamente reduzido e a água passa a ser considerada potável. Portanto, alguma forma de desinfecção, tal como fervura, é recomendada.Em um projeto piloto para tratamento de água em Malawi, na África, foi constatado que enquanto o alumínio é eficiente como coagulante apenas em uma faixa restrita de níveis de pH da água a ser tratada, as sementes de Moringa atuam independentemente do pH, constituindo-se em uma vantagem a mais em países em desenvolvimento, onde normalmente não é possível controlar efetivamente o pH antes da coagulação. Tais sementes podem ser usadas no tratamento de água, abrindo possibilidades que asseguram que os países emergentes possam ter água saudável, limpa e potável e para o uso doméstico. Poderão, sem duvida, se transformar numa solução para reduzir a incidência de doenças provocadas por água impura, que representam uma das principais causas que levam à alta incidência de morte. Há relatos, na literatura, da introdução de M. oleifera em alguns estados do Brasil a partir de 1950. Porém, como o seu potencial não era bem conhecido, a planta foi usada apenas como ornamental.A Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju, Sergipe, em um trabalho pioneiro, vem realizando um estudo preliminar com plantas de M. oleifera, relativo ao seu comportamento nas condições climáticas da região. O interesse pela potencialidade da planta vem crescendo consideravelmente na comunidade e um programa de produção de mudas já está em andamento. O plantio de mudas de M. oleifera nas estações experimentais deste Centro também já foi iniciado para que se constituam bancos de semente de futuros de programas de aproveitamento da planta como fonte de alimento e purificador natural de água para as populações das áreas sujeitas à secas.Maria Salete Rangel é bióloga e pesquisadora da Embrapa - Tabuleiros Costeiros - Aracajú - SE

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Foto do dia


Uma borboleta que no meu jardim veio colher o mais puro néctar das flores. Amarela e preta, linda a borboleta, amarela....bela....