
Ao lavar as verduras recolha a água em uma vasilha, esta é ótima para regar as plantas.
Porque um grupo de políticos quermudar o código florestalLevantamento de ISTOÉ mostra que pelo menos 27deputados e senadores tinham pressa em aprovara nova lei para se livrarem de multas milionárias ese beneficiarem de desmatamentos irregularesLúcio VazPARLAMENTARES NA MIRA DO IBAMA Senador Jayme Campos (DEM-MT) Deputado Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) Deputado Paulo César Quartiero (DEM-RR) Senador Ivo Cassol (PP-RO) Deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) Apesar do amplo apoio que o governo Dilma Rousseff tem no Congresso, um grupo de parlamentares tentou aprovar a toque de caixa, na semana passada, o projeto do novo Código Florestal brasileiro. Não conseguiu. Na quarta-feira 4, a bancada governista fez prevalecer sua força e a discussão foi adiada para a próxima semana. Por trás da pressa de alguns parlamentares, porém, não existia propriamente o interesse por um Brasil mais verde e sustentável. Reportagem de ISTOÉ apurou que pelo menos 27 deputados e senadores defendiam seu próprio bolso e estavam legislando em causa própria (abaixo, cinco casos exemplares). Todos eles já foram punidos pelo Ibama por agressão ao meio ambiente e o novo código que queriam aprovar a toque de caixa prevê anistia para multas impostas a desmatadores. O benefício se estenderia também a empresas e empresários do agronegócio que, nas eleições do ano passado, fizeram pesadas doações a esse bloco parlamentar ligado à produção rural.
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A devastação das áreas de cabeceira ou de recarga, seja pelo desmatamento, seja pela ocupação irregular do solo é responsável, em grande parte, pela gradual redução da quantidade e da qualidade de água disponível no planeta. Estas áreas são cruciais para o reabastecimento dos lençóis freáticos, dos aqüíferos, das nascentes e, conseqüentemente, dos rios.
É preciso que a população e os governantes tomem medidas práticas e efetivas para a proteção destas áreas. E é isto que o Movimento Nascentes do Brasil, com o apoio da megamodelo Gisele Bunchen – em parceria com a Grendene – e do HSBC Climate Partnership, vem propor à sociedade brasileira.
Você no comando - Para disseminar a importância das cabeceiras e resgatar seu significado para a vida no Planeta, o WWF-Brasil está conduzindo Movimento Nascentes do Brasil. Afinal, cada cidadão brasileiro pode tomar para si a tarefa de proteger os olhos d’água e, também, cobrar os governos que cumpram com o seu papel em relação ao tema na adoção de medidas efetivas para tal.
Já existem, hoje, inúmeras iniciativas que podem servir de exemplo de experiências práticas para a população, como a proteção dos mananciais em Minas Gerais, o trabalho nas nascentes da Chapada Diamantina (Ba) e outros casos de incentivos a “Pequenos Produtores de Água”.
Todas estas experiências estão sendo reunidas em uma publicação que será lançada em breve e que servirá como apoio na condução do Movimento Nascentes do Brasil, não somente pelo WWF-Brasil, mas por todo cidadão ou cidadã interessada em efetivamente contribuir para a manutenção dos ecossistemas aquáticos para hoje e para as gerações futuras.
Para seu governo – É evidente que nossos governantes têm uma imensa parcela de responsabilidade na proteção dos recursos hídricos, até por força de lei. O Brasil tem uma liderança mundial neste sentido, com a sua moderna Lei das Águas, mas é preciso fazer com que ela seja efetivamente implementada. Para tal, foi criada a Agência Nacional das Águas – ANA, em 2000, que tem entre outras funções a responsabilidade de implamentar tal política.
Por outro lado, os governos podem, também, criar mecanismos que permitam que o cidadão ponha a mão na massa para ajudar na tarefa de proteger a natureza.
No Distrito Federal, existe o Programa Adote uma Nascente, hoje conduzido pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que vem apresentando grande sucesso no engajamento da população para a proteção das cabeceiras. O WWF-Brasil apoiou este programa durante um ano e acredita nele como um excelente instrumento de mobilização de pessoas físicas e jurídicas para a proteção ambiental.
E que tal levar esta proposta ao seu município? Tome uma iniciativa: baixe o modelo de Proposta de Projeto de Lei e mobilize sua cidade para a adoção desta idéia de conservação. E mantenha-nos informados pelo e-mail sergioa@wwf.org.br.
E se um terço do território do estado de Minas Gerais virasse um deserto dentro de 20 anos? Essa possibilidade é factível, de acordo com um estudo encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente ao governo mineiro, concluído em março.
Segundo a pesquisa, fatores como o desmatamento, a monocultura e a pecuária intensiva, somados a condições climáticas adversas, já empobreceram o solo de 142 municípios do estado. Se nada for feito para reverter o processo, de acordo com o estudo, essas terras não terão mais uso econômico ou social, o que vai afetar 20% da população mineira. Tal realidade obrigaria 2,2 milhões de pessoas a deixarem a região Norte do estado e os vales do Mucuri e do Jequitinhonha.
"A terra perde os nutrientes e fica estéril, não serve para a agricultura nem consegue sustentar a vegetação nativa", explicou à Folha.com Rubio de Andrade, presidente do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas, responsável pelo estudo. Só para se ter ideia da biodiversidade envolvida, a região engloba Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.
Segundo o governo do Estado, é preciso investir R$ 1,3 bilhão nas próximas décadas para frear o processo, que já causa danos no Semiárido mineiro. Lá estão 88 das 142 cidades consideradas suscetíveis à desertificação.
Vladia Oliveira, professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará, observou que áreas desertificadas são diferentes de desertos naturais porque passam por um acentuado declínio de biodiversidade até se tornarem estéreis. "Já os desertos são ecossistemas com sustentabilidade, ainda que com baixa diversidade. Eles estão vivos."
O estudo foi encomendado para o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação, que terá R$ 6 milhões neste ano para combater a desertificação no país. Andrade destacou que, para reduzir o fenômeno, é preciso aumentar as reservas naturais de vegetação e recuperar os recursos hídricos.
O governo pretende reduzir o espaço destinado ao gado nas áreas de Caatinga e restringir atividades prejudiciais ao meio ambiente, como a extração de carvão. "A população tem de se conscientizar de que, se essas ações não forem tomadas, nada mais poderá ser produzido", lembrou Andrade.
Desertificação
Uma área em desertificação é aquela que sofre um processo de destruição do potencial produtivo da terra. O problema costuma ser registrado em territórios de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco. A desertificação é causada, principalmente, pelo inadequado uso do solo e da água nas atividades agropecuárias, como a irrigação mal planejada ou o desmatamento indiscriminado.
Atualmente, o problema já é sentido em mais de 100 países em todo o mundo. As regiões sul-americana e caribenha possuem muitas nações que sofrem as consequências da desertificação, entre eles Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Cuba e México.
MÃE Fonte inesgotável de bondade e alegria, Senhora de todas as virtudes da criação, A heroína que não precisa de medalhas, Eterna guerreira de alma e coração, Nas palafitas, tabas e mansões, Você mãe, que jamais guarda rancor, Que sabe suportar a dor, É a poesia que dispensa rima, Mais sublime que todas as flores, As estrelas no firmamento, Você mãe, é o sol, a água, o ar, É o encanto do amor universal, A companheira mais leal! Você, mãe negra, amarela, branca, Trigueira, mestiça e vermelha, Vocês, mães de todas as pátrias e crenças, Parabéns por todos os dias de sua existência! Autor Milton Cavalieri