Delfina Renck Reis relata no blog "Tudo sobre Plantas" que viajando pelo sul da África no verão de 1995 ouviu falar de um homem que cultivava a Água. No lugarejo de Zvishavane, no Sul do Zimbabwe, após uma longa e lenta viagem de ônibus, ela encontrou Sr. Zephania Phiri Maseko, o cultivador de água.
Um homem simples, alegre, que contou-lhe a sua história: por se opor ao governo branco em 1964, Sr. Phiri - como ficou conhecido - foi demitido e ameaçado: "Jamais terás emprego algum novamente". Ele, com uma família de 8 para sustentar, voltou-se então para sua propriedade de 3 hectares. Ali, contudo, não dispunha de água. Observando com atenção a Natureza ao seu redor e o ciclo das águas, ao longo de 30 anos Phiri criou um sistema sustentável que preenche todas as suas necessidades em água, só com a chuva.
“Tem que começar a captação no alto, e sarar as voçorocas jovens antes das velhas e profundas rio abaixo,” diz. Com um engenhoso conjunto de muros de pedra, ele consegue 'amansar' o ritmo das águas das chuvas, colina abaixo, criando espaços de contenção, por onde elas fluem lentamente.
Desta forma, a água chega em reservatórios permeáveis, construídos à mão por Phiri e suas duas esposas. “O solo,” explica, “é como uma lata. A lata precisa segurar toda a água. Vossorocas e erosão são como buracos na lata que permitem que a água e a matéria orgânica escapem. Estes precisam ser tapados.”
Delfina esclarece que o governo colocou valas de escoamento na região toda muitos anos atrás, mas feitas fora das linhas de contorno, para acabar com a erosão em laminas, levando a água das tempestades para um dreno central. O problema de erosão resolveu-se, mas as terras acabaram sendo roubadas da sua água.
Assim, Sr. Phiri cavou grandes “covas de fruição” de 10x6x4 pés no fundo de todas as suas valas. Quando chove, a água enche a primeira cova e o excedente enche o seguinte, continuando assim até os limites da propriedade. Muito depois do fim da chuva, a água continua nas covas, infiltrando no solo.
Em volta das covas capins grosseiros são cultivados para controle de erosão, para cobertura das casas, e venda. Muitas árvores frutíferas vigorosas foram plantadas por Sr. Phiri ao longo dessas valas para fornecer alimentos, sombra, e quebra-ventos. São alimentadas estritamente pelas chuvas e o lençol freático, que vai se aproximando da superfície.
Como Mr. Phiri explica: “Cavo valas e covas de fruição para plantar a água para que possa germinar em outro lugar.” ” Ensinei o meu sistema às árvores,” continua. “Elas entendem-no e à minha linguagem. As coloco aqui e digo ‘Olha, a água esta aqui. Vão a procura.” Nenhuma bacia nem divisória para segurar ou negar a água é colocada em volta delas; as raízes são encorajadas a se esticarem e encontrar a água.
Uma mistura diversa de culturas não híbridas como abóbora, milho, pimenta, beringela, taboa para cestas, tomate, alface, espinafre, ervilha, alho, feijão, maracujá, manga, goiaba, e mamão, juntamente com árvores nativas como matobve, muchakata, munyii, e mutamba são plantadas entre as valas.
Esta diversidade garante a saúde de todo o ambiente e traz segurança para a família, que se sente cuidando de seu próprio Jardim do Éden, como descreve a Bíblia no texto que inspirou toda a ação de Phiri.
Mais um exemplo de que com atenção e observação é possível entrar em harmonia com a Natureza e ter uma boa vida que 'lutar contra ela' não garante.
Um homem simples, alegre, que contou-lhe a sua história: por se opor ao governo branco em 1964, Sr. Phiri - como ficou conhecido - foi demitido e ameaçado: "Jamais terás emprego algum novamente". Ele, com uma família de 8 para sustentar, voltou-se então para sua propriedade de 3 hectares. Ali, contudo, não dispunha de água. Observando com atenção a Natureza ao seu redor e o ciclo das águas, ao longo de 30 anos Phiri criou um sistema sustentável que preenche todas as suas necessidades em água, só com a chuva.
“Tem que começar a captação no alto, e sarar as voçorocas jovens antes das velhas e profundas rio abaixo,” diz. Com um engenhoso conjunto de muros de pedra, ele consegue 'amansar' o ritmo das águas das chuvas, colina abaixo, criando espaços de contenção, por onde elas fluem lentamente.
Desta forma, a água chega em reservatórios permeáveis, construídos à mão por Phiri e suas duas esposas. “O solo,” explica, “é como uma lata. A lata precisa segurar toda a água. Vossorocas e erosão são como buracos na lata que permitem que a água e a matéria orgânica escapem. Estes precisam ser tapados.”
Delfina esclarece que o governo colocou valas de escoamento na região toda muitos anos atrás, mas feitas fora das linhas de contorno, para acabar com a erosão em laminas, levando a água das tempestades para um dreno central. O problema de erosão resolveu-se, mas as terras acabaram sendo roubadas da sua água.
Assim, Sr. Phiri cavou grandes “covas de fruição” de 10x6x4 pés no fundo de todas as suas valas. Quando chove, a água enche a primeira cova e o excedente enche o seguinte, continuando assim até os limites da propriedade. Muito depois do fim da chuva, a água continua nas covas, infiltrando no solo.
Em volta das covas capins grosseiros são cultivados para controle de erosão, para cobertura das casas, e venda. Muitas árvores frutíferas vigorosas foram plantadas por Sr. Phiri ao longo dessas valas para fornecer alimentos, sombra, e quebra-ventos. São alimentadas estritamente pelas chuvas e o lençol freático, que vai se aproximando da superfície.
Como Mr. Phiri explica: “Cavo valas e covas de fruição para plantar a água para que possa germinar em outro lugar.” ” Ensinei o meu sistema às árvores,” continua. “Elas entendem-no e à minha linguagem. As coloco aqui e digo ‘Olha, a água esta aqui. Vão a procura.” Nenhuma bacia nem divisória para segurar ou negar a água é colocada em volta delas; as raízes são encorajadas a se esticarem e encontrar a água.
Uma mistura diversa de culturas não híbridas como abóbora, milho, pimenta, beringela, taboa para cestas, tomate, alface, espinafre, ervilha, alho, feijão, maracujá, manga, goiaba, e mamão, juntamente com árvores nativas como matobve, muchakata, munyii, e mutamba são plantadas entre as valas.
Esta diversidade garante a saúde de todo o ambiente e traz segurança para a família, que se sente cuidando de seu próprio Jardim do Éden, como descreve a Bíblia no texto que inspirou toda a ação de Phiri.
Mais um exemplo de que com atenção e observação é possível entrar em harmonia com a Natureza e ter uma boa vida que 'lutar contra ela' não garante.
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