segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Copenhague- WWF

O que precisa ser acordado

A Conferência do Clima em Copenhague chegou e nós preparamos objetivos claros para as negociações. Uma lista “simples” do que o mundo precisa que seja aprovado.
Há 10 pontos para nos ajudar a enfrentar as mudanças climáticas e começar a construir uma economia nova mais limpa:
Os governos precisam criar um quadro de obrigações legais com uma emenda ao Protocolo de Quioto e um novo Protocolo de Copenhague, capaz de assegurar a sobrevivência dos países, das culturas e dos ecossistemas, e abrir o caminho para uma economia de baixo carbono.
O pico das emissões mundiais deve ser atingido antes de 2017, de forma a manter o aquecimento total bem abaixo do limiar de perigo, que é de 2°C, e chegar, tão logo seja possível, a um nível abaixo de 1,5°C.
Os países industrializados devem se comprometer com a redução de suas emissões em 40% até 2020, em relação aos níveis de 1990.
Os países em desenvolvimento devem concordar em adotar medidas significativas para que, até 2020, suas emissões fiquem no mínimo 30% mais baixas do que a regra tendencial.
As emissões oriundas da destruição das florestas devem ser reduzidas em três quartos (75%) até 2020, levando em consideração os direitos das populações indígenas e das comunidades locais.
Deve ser estabelecido um quadro para ações de adaptações imediatas, especialmente para os países e ecossistemas mais vulneráveis. Medidas de seguro e compensação devem estar incluídas.
Financiamento público no valor mínimo de US$160 bilhões por ano deve ser fornecido aos países em desenvolvimento para medidas de adaptação e mitigação. Isso deve ser feito por meio de fontes inovadoras de financiamento.
Estabelecimento de mecanismos para fortalecer a cooperação tecnológica referente à pesquisa, desenvolvimento e disseminação de tecnologias de baixo carbono, e com resiliência ao clima.
Um novo sistema institucional, sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC na sigla em inglês), deve permitir a coordenação, implementação e alocação de recursos, de forma transparente e democrática, bem como incentivar a conformidade a esse sistema.
As partes devem concordar com padrões transparentes e comparáveis para os mercados de carbono, as florestas e uso da terra, esforços de mitigação e inventários, bem como formas de limitar as emissões oriundas da aviação e navegação internacionais.
Os acordos sobre tais metas garantirão que o pico de emissões mundiais de gases de efeito estufa seja atingido durante a próxima década e que haja um rápido declínio a partir de então – o que é uma pré-condição para combater as perigosas mudanças climáticas.
Algumas pessoas poderiam definir essa tarefa como “cara”.
De fato, ela exige que haja confiança entre as nações, pois haverá compromisso com os graves cortes nas emissões de gases de efeito estufa, juntamente com grandes fluxos de dinheiro e tecnologias entre as nações ricas e pobres.
Mas isso é essencial
Será baseado no princípio de o poluidor é quem paga, no fato de as nações desenvolvidas apresentarem emissões historicamente elevadas, e na capacidade de as nações ricas ajudarem aquelas que são pobres.
E todos nós iremos nos beneficiar por “compartilhar o peso” entre o Norte e o Sul.
Após quase duas décadas de adiamentos desde que a ciência esclareceu a questão, a cúpula de Copenhague representa UMA ÚLTIMA OPORTUNIDADE de o mundo apelar para a vontade política para fazer com que isso se tornar realidade.
Quando se muda o clima, altera-se tudo.
O clima desempenha um papel tão proeminente no sistema ambiental do nosso planeta que mesmo mudanças menores causam grandes e complexos impactos.
As mudanças climáticas afetam as pessoas e a natureza de incontáveis maneiras. Frequentemente, as mudanças climáticas aumentam as ameaças que já pressionam o meio ambiente.
Mas esse problema não apareceu da noite para o dia – passaram-se 30 anos desde que os cientistas, pela primeira vez, fizeram um alerta para o mundo sobre os perigos das mudanças climáticas. Por quanto tempo ainda isso vai continuar?
As mudanças na natureza têm implicações graves para a população e para o sistema econômico. A indústria de seguros estima em centenas de bilhões de dólares por ano os danos econômicos potenciais dessas mudanças.

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