sábado, 23 de fevereiro de 2013

ALERTA VERMELHO PARA AS ABELHAS!!!!!!!

Alerta vermelho para as abelhas Inseticidas considerados prejudiciais pela União Europeia tiveram licença de uso prorrogada no Brasil até o final deste ano Da Redação Produtores de mel do Rio Grande do Sul estão preocupados com a safra de outono, que terá o seu auge de produção entre abril e maio, por conta do efeito dos inseticidas neonicotinoides sobre as populações de abelhas. O tema adquiriu atualidade graças a um estudo que a European Food Safety Authority (EFSA) divulgou recentemente sobre quatro produtos utilizados na Europa. Na avaliação de risco da EFSA, os pesquisadores europeus chamam a atenção que quatro desses inseticidas utilizados no controle de pragas sugadoras - a clotianidina e o imidaclopride, fabricados principalmente pela Bayer, e o tiametoxan, produzido pela Syngenta - representam riscos para as abelhas. França, Alemanha, Itália, entre outros países, já suspenderam a utilização desses inseticidas. Já o Brasil restringiu a utilização aérea, por meio de ação do Ibama, para reavaliar quatro princípios ativos: Imidacloprido (marca comercial conhecida 'Galeão'), Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil. Ao prever os prejuízos que poderiam ocorrer na safra 2012/13, Ibama e Mapa definiram que seriam abertas exceções para pulverizações aéreas nas culturas de soja, algodão, cana-de-açúcar, arroz e trigo por um período. De acordo com o coordenador-geral de Agrotóxicos do Mapa, Luís Eduardo Rangel, o prazo de tolerância deve durar até o final de 2013, quando haverá duas possibilidades: proibir novamente o uso de neonicotinoides ou que a Embrapa realize estudos capazes de mitigar o impacto dos produtos aos insetos benéficos na aplicação. De acordo com o professor de Apicultura da faculdade de Agronomia da Ufrgs Aroni Satler, no Brasil e Rio Grande do Sul já existem duas comprovações de mortandade de abelhas pela ação de neonicotinoides, sendo uma em São Paulo e outra no Rio Grande do Sul. Para conseguir essa comprovação, conforme Satler, o apicultor deve convocar um funcionário de um órgão oficial, como a Emater ou o Batalhão da Polícia Ambiental, colher cem gramas de abelhas mortas na sua presença, congelar e levar o material para um laboratório credenciado. Em 2012, segundo o professor da Ufrgs, o preço para analisar a contaminação era de R$ 200,00 por princípio ativo. Para esta safra de grãos, a cultura do arroz representa a maior ameaça, pois utiliza a aviação aérea, na qual a deriva de inseticida é maior. Por isso, Satler recomenda que os apicultores reforcem a estratégia de fortalecer as populações de abelhas neste período, pois o envenenamento enfraquece as colmeias. O que alegam as empresas Da avaliação de risco publicada pela Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos (EFSA), três dos quatro inseticidas neonicotinoides são da Bayer. Em nota, a empresa diz que está avaliando os relatórios publicados pela EFSA e que o principal consenso alcançado na avaliação da pesquisa científica nesta área é que o baixo nível de saúde das abelhas e as perdas de colônias são causados por vários fatores, entre eles o ácaro parasitário Varroa. A Syngenta, detentora do princípio ativo tiametoxan, avalia que o estudo foi conduzido de maneira apressada e limita-se a apontar riscos meramente teóricos. 'Anos de monitoramento em campo e muitos outros estudos, que demonstram a ausência de efeitos em colônias de abelhas situadas em locais onde se utilizou o produto, não foram considerados pela entidade', diz a empresa em nota. 'As condições de uso, clima e regiões de aplicação no Brasil diferem sensivelmente das da Europa. Portanto, o estudo não deve pautar a discussão sobre o tema no país.'

Nenhum comentário: